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Relatório denuncia descaso das redes sociais na eleição: 'Não acham que importa porque é o Brasil'

O YouTube e a Meta (empresa extremista banida no território da Rússia) estão permitindo a disseminação de desinformação sobre a campanha eleitoral do Brasil, denuncia um relatório da Global Witness.
Sputnik
As redes sociais voltaram a figurar no epicentro da política nacional, em meio às críticas diante do amplo espaço para divulgação de notícias falsas e toda sorte de desinformação sobre os candidatos à presidência, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Global Witness produziu um relatório com uma série de anúncios políticos classificados como propositalmente enganosos, "que aumentam a amargura em uma eleição já polarizada e violenta".
A publicação destaca que alguns dos anúncios simulados exortavam as pessoas a não votar, outros questionaram a credibilidade da eleição, e alguns deram uma data falsa para contagem das cédulas.
Ainda assim, o YouTube aprovou todos eles, sendo que a Meta aprovou metade, disse a Global Witness.
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A ONG entende que existe negligência das empresas de tecnologia norte-americanas. "Eles não acham que isso importa porque é o Brasil. Os acionistas da Meta e do Google estão nos EUA, não aqui", disse a diretora da entidade, Marie Santini.
"Eles não querem fazer isso porque é caro", disse ela.
Para Jon Lloyd, consultor sênior da Global Witness, é "chocante que essas grandes empresas, com a proeza tecnológica que claramente possuem, sejam incapazes de eliminar uma desinformação tão flagrante".
"Se já não era óbvio, agora deveria ser inegável até mesmo para o maior cético: as empresas de mídia social estão falhando fundamentalmente em sua responsabilidade de impedir que os processos democráticos sejam prejudicados por enganos falsos", comentou.
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