Panorama internacional

Sanções dos EUA contra a Venezuela limitam acesso a tratamento para câncer de mama

Mulher segura bandeira venezuelana durante a festa de São João Batista, no bairro de San Agustín, em Caracas, em 24 de junho de 2022
Nos últimos cinco anos, país foi alvo de mais de 900 sanções dos EUA que afetaram a economia e o acesso de pacientes a tratamentos de alto custo contra doenças, como o câncer de mama.
Sputnik
Os Estados Unidos têm uma dívida com a Venezuela por cada mulher com câncer de mama que morre por não receber tratamento médico em tempo devido às sanções. A declaração é da deputada venezuelana Asia Villegas, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

"Mostramos que medidas coercitivas unilaterais são crimes contra a humanidade, porque as mulheres vítimas de câncer de mama que não foram tratadas a tempo também fazem parte dessa dívida que o império nos deve. Claro que há necessidade de uma demanda e essa demanda é a suspensão das medidas coercitivas unilaterais", disse Villegas, que integra a Comissão para Famílias, Liberdade de Religião e Culto da Assembleia Nacional da Venezuela.

Nos últimos cinco anos, a Venezuela enfrentou mais de 900 sanções que afetam diretamente o desenvolvimento da economia, o sistema produtivo, o poder de compra dos cidadãos, o acesso a necessidades básicas, tratamentos e suprimentos médicos, bem como todo o sistema público de saúde.
A vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, em coletiva de imprensa após seu encontro com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em Moscou, em 1º de março de 2019
Panorama internacional
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O presidente Nicolás Maduro denunciou, em várias ocasiões, que as sanções violam os direitos humanos fundamentais dos venezuelanos. Ele disse que essas medidas limitam o acesso de seu governo à compra de suprimentos e tratamentos médicos no mercado internacional, bem como à aquisição de peças de reposição para reparo de equipamentos médicos existentes.
Villegas disse que a Venezuela demonstrou que a capacidade de garantir o acesso a pacientes com necessidades de tratamento de alto custo foi afetada pelas sanções que pesam contra o país.
"Mostramos, e isso foi levado ao Tribunal Penal Internacional, que a capacidade da Venezuela de continuar garantindo 100% de acesso a medicamentos de alto custo estava se deteriorando a partir de 2015 com as medidas coercitivas unilaterais", disse ela.
Segundo deputada, Caracas expôs perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) que sua capacidade de garantir o acesso a medicamentos de alto custo foi afetada pelas sanções impostas pelos Estados Unidos e países da União Europeia.
A deputada considerou que o seu país enfrenta o desafio de desenvolver uma tecnologia própria. Ela também pediu à comunidade internacional que se junte à demanda da Venezuela para que as sanções sejam levantadas.
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