"Agora a Ucrânia e seus patrocinadores ocidentais estão tentando inventar outra farsa: sobre as supostas entregas de veículos aéreos não tripulados iranianos à Rússia, em violação à resolução 2.231 do Conselho de Segurança [que aprovou a criação do Plano de Ação Conjunto Global ou JCPOA na sigla em inglês]", disse Nebenzya.
Segundo ele, a Rússia rejeita "qualquer tentativa de envolver o secretariado da ONU neste jogo sem escrúpulos". O representante russo afirmou que um exemplo desta postura "é a carta de Alemanha, França e Reino Unido distribuída hoje [sexta-feira] no Conselho de Segurança com um apelo real sobre o secretariado da ONU.
Para Nebenzya, os Estados Unidos em sua carta exigiram diretamente que a secretaria conduzisse uma investigação, que não foi autorizada.
"Esta é uma situação flagrante, e apresentamos nossas avaliações legais na carta de resposta que todos receberam antes da reunião. Estamos aguardando a secretaria confirmar totalmente que não pretende seguir essas instruções dos ocidentais em violação da Carta da ONU e que não conduzirá nenhuma investigação", enfatizou Nebenzya.
Drone iraniano (imagem referencial). Foto de arquivo
© AP Photo / Jamejam Online, Chavosh Homavandi
Nesta última quarta-feira (19), segundo noticiou a CNN, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu a portas fechadas com representantes de França, Reino Unido e EUA para discutir uma suposta transferência de drones do Irã para a Rússia.
Os três países acusam a Rússia de utilizar drones Shahed, fabricados pela empresa iraniana Shahed Aviation Industries, em ataques contra a Ucrânia, o que seria uma violação à Resolução 2.231 do Conselho de Segurança.
Na quinta-feira (20), o Conselho da União Europeia aplicou sanções contra o Irã pelo suposto "apoio militar à Rússia", informou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"Nós adotamos ações rápidas contra o Irã, que apoia a campanha militar russa na Ucrânia [...] Eu saúdo a decisão do Conselho Europeu de adotar em tempo recorde sanções contra aqueles no Irã que fornecem apoio militar à Rússia", afirmou Michel.