De acordo com a PF, os investigados – os quais não tiveram seus nomes divulgados – fraudavam o registro de Colecionador, Atirador desportivo e Caçador (CAC) para aquisição de armas que, depois, eram vendidas. O grupo ainda usava perfis na rede social para divulgar a venda e fazer conteúdos que incitavam o uso de armas.
Em Maceió, especificamente, a ação ocorre em um clube de tiros localizado no bairro da Serraria. O local é regular, entretanto, agentes usaram marretas para quebrar as paredes do clube, relata o G1.
Para operação, foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva, 37 mandados de busca e apreensão, 11 ordens de suspensão das atividades de natureza econômica de pessoas jurídicas, sequestro de bens adquiridos a partir de 2019 e bloqueio de valores. A Justiça ainda determinou o bloqueio de 14 páginas, entre perfis e canais de disseminação do conteúdo ilegal.
A corporação classificou a articulação do grupo como uma organização criminosa dedicada à produção de documentos falsos para "viabilizar e dar aparência de legalidade tanto ao comércio, quanto ao porte ilegal de armas de fogo".
A suspeita é de que eles fraudavam documentos da Polícia Federal e Exército para a emissão de registro CAC para ter acesso às armas que, depois, eram vendidas.
Para o comércio, eles usavam pessoas jurídicas para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos e difundir em nome delas pela internet, publicidades ilegais para a venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de crimes, escreve o G1.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo e as penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão e multa.
A operação é feita a pedido da Justiça de Caruaru, em Pernambuco, após representação da Polícia Federal e Ministério Público Federal.