Panorama internacional

Scholz: não devemos permitir que conflito entre Moscou e Kiev acabe sendo entre a Rússia e OTAN

Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, realiza coletiva de imprensa durante cúpula da União Europeia no Prédio do Conselho Europeu em Bruxelas, Bélgica, 21 de outubro de 2022
Segundo Berlim, que vê uma situação "perigosa", há que evitar que o atual conflito russo-ucraniano se torne um entre a Rússia e países ocidentais.
Sputnik
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia não deve se transformar em um conflito direto entre a Rússia e a OTAN, disse Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, ao jornal alemão Welt.
Ele foi questionado se temia que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia se transformasse em uma guerra mundial.
"Acho que isso não vai acontecer, mas, no mínimo, não devemos perder de vista o perigo", respondeu Scholz.
"Em uma situação tão perigosa, qualquer passo descuidado está fora de questão. Isso não deve levar a um conflito direto entre a Rússia e a OTAN", apontou.
Bandeiras russa e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), no âmbito de conversações entre Moscou e a aliança militar em Bruxelas, na Bélgica
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Apesar de tudo, o chanceler acrescentou que a Alemanha apoia a Ucrânia "dentro das suas possibilidades". Depois de Washington, Berlim é um dos países que mais apoia a Ucrânia financeiramente, humanitariamente e também com armas.
"A Alemanha está fornecendo armas que são muito importantes nesta guerra – artilharia e sistemas antiaéreos. Há alguns dias entregamos o Iris-T, o sistema de defesa antiaérea mais avançado do mundo, que nem mesmo nossas Forças Armadas têm", notou Scholz.
Moscou tem apontado diversas vezes que a extensa ajuda ocidental a Kiev é ou está muito próxima de constituir um envolvimento direto na operação militar especial da Rússia na Ucrânia. A Rússia sublinha que se reserva o direito de destruir todos os suprimentos militares que entrem em território ucraniano e que essa ajuda prolonga as hostilidades.
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