"Àqueles que teimam dizer que Roberto Jefferson é meu aliado, lembrem-se que em setembro agora ele entrou com notícia-crime contra minha pessoa no Superior Tribunal Militar [STM]. Não existe qualquer ligação minha com Roberto Jefferson", afirmou Bolsonaro.
Ainda segundo o presidente, "nunca se cogitou" que Jefferson trabalhasse em sua campanha à Presidência. "Quem age dessa maneira está mentindo", acrescentou, rebatendo a informação de que Jefferson teria sido coordenador da sua campanha.
Em vídeo divulgado um pouco antes, Bolsonaro prestou solidariedade aos policiais feridos e disse que o "tratamento dispensado a quem atira contra policiais é o de bandido".
O ex-deputado federal Roberto Jefferson se entregou e foi preso pela Polícia Federal (PF) na noite deste domingo (23), após ter atacado agentes federais com tiros e granadas e passar oito horas desrespeitando ordem legal de prisão.
No início da tarde, conforme relatos, os agentes federais foram recebidos por Jefferson a tiros de fuzil e granadas ao tentarem cumprir um mandado de prisão na cidade fluminense de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.
Dois agentes tiveram ferimentos leves e foram levados a hospitais.
Jefferson foi levado à sede da PF, no Centro do Rio de Janeiro e depois fará um exame de corpo de delito antes de ser transferido para o presídio Bangu 8.
Os policiais cumpriam uma ordem judicial de prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após o ex-deputado veicular novos vídeos com ataques ao processo eleitoral e a ministros da corte.
Jefferson já cumpria prisão domiciliar, que foi revogada por Moraes após as novas declarações. Além do conteúdo da publicação, uma das condições para o benefício da prisão domiciliar era de que Jefferson não fizesse postagens na Internet.