Panorama internacional

Analistas: guerra econômica dos EUA contra China se explica por medo de perder hegemonia

Dois analistas deram à Sputnik suas opiniões sobre a competição entre a China e os EUA. Eles veem as ações de Washington como tentativas inúteis e até contraprodutivas de evitar o inevitável.
Sputnik
Os EUA iniciaram uma guerra comercial e tecnológica contra a China por temerem a perda do domínio total na economia global, mas Washington não teve sucesso, segundo Wang Wen, reitor-executivo do Instituto Chunyang de Estudos Financeiros da Universidade Popular da China (RDCY, na sigla em inglês).
"Se olharmos para o nível econômico, no ano passado o PIB dos EUA foi de 25% [do nível] da dívida total [do país]. Ou seja, os EUA perderam seu completo domínio na economia global. É por isso que nos últimos cinco anos, os EUA iniciaram guerras comerciais, guerras tecnológicas contra a China. Mas eles não tiveram sucesso", disse ele à Sputnik na abertura do 19º Encontro Anual do Clube de Discussão Valdai.
Em agosto de 2022, a administração de Joe Biden assinou o Ato CHIPS e Ciência de 2022, de US$ 52,7 bilhões (R$ 273,21 bilhões), para apoiar os fabricantes de semicondutores americanos diante da concorrência com a China. Segundo especialistas, a política de Washington tem riscos significativos de provocar um conflito armado e afetar a produção de semicondutores em Taiwan fornecidos para o mercado dos EUA.
A China defende uma transição suave e sem guerra para um mundo sem superpoderes, por isso Pequim sempre se comporta pacientemente, mesmo quando os EUA mostram agressão contra o país e na questão de Taiwan, disse Wen.
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Enquanto isso, Andy Widjajanto, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa para o Desenvolvimento da Sustentabilidade do RI LEMHANNAS, Indonésia, também falando no 19º Encontro Anual do Clube de Discussão Valdai, afirmou que as tentativas americanas de minar a China no setor de alta tecnologia ajudarão Pequim a se tornar uma superpotência tecnológica.
"Os EUA estão tentando impedir que a China cresça em tecnologias modernas como o 5G. Espera-se que até 2030 a China se torne um líder neste campo, e também na fabricação de semicondutores. Para evitar este crescimento da China, os EUA estão tentando se distanciar da China em termos de tecnologia", sugeriu à Sputnik.
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