Na carta enviada à sociedade civil, publicada pelo portal UOL nesta segunda-feira (24), a OCDE sugere que a adesão do Brasil não será tão simples.
A organização afirma que o país terá de demonstrar na prática uma redução do desmatamento se quiser fazer parte do "clube dos países mais ricos".
A cúpula da OCDE deixou claro que não vai avaliar apenas a existência de leis ambientais no Brasil, mas principalmente como elas são implementadas. Ela ainda alerta que, enquanto tais critérios não forem atingidos, um sinal verde para fazer parte da organização não ocorrerá.
De acordo com a OCDE, o fato de ter iniciado o processo de adesão do Brasil não significa que a organização esteja dando uma chancela às atuais políticas ambientais do país candidato.
Embora o governo de Jair Bolsonaro tenha submetido à OCDE, como parte do processo de adesão do Brasil, uma série de atestados de preservação do meio ambiente, ambientalistas e mesmo governos europeus contestam as metas.
Para que a OCDE aceite o ingresso do Brasil, a organização avaliará mais de 230 critérios. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o país só não cumpre 45 deles.
A OCDE ainda foi clara nesta segunda-feira (24) ao alertar que, ao iniciar o processo de adesão do Brasil, a organização não sinalizou que está de acordo com as políticas atuais do país. O Brasil será revisado por 26 comitês técnicos da OCDE, que cobrem quase todas as áreas de atividade governamental.
No que se refere ao meio ambiente, a organização indicou que avaliará se o Brasil está adotando políticas "efetivas e ambiciosas" e "demonstrando" que tal sistema é adotado de forma transparente.