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Associação Brasileira de Imprensa vai à ONU e pede que órgão monitore caso de Roberto Jefferson

O objetivo da solicitação da ABI é que as Nações Unidas emitam uma nota pública e fiquem vigilantes a repercussão dos ataques feitos pelo ex-deputado no domingo (23) a ministra Cármem Lúcia, ao Judiciário e aos agentes federais.
Sputnik
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) acionou as Nações Unidas para que acompanhe os desdobramentos do caso envolvendo Roberto Jefferson e se posicione sobre as "graves violações de direitos humanos" ocorridas no Brasil.
"A independência do poder Judiciário e da administração da Justiça é elemento primordial para um Estado Democrático de Direito. Por esta razão, os membros do Poder Judiciário devem ter autonomia no exercício de suas funções, sem que haja a possibilidade de intervenções, represálias e ataques decorrentes deste exercício regular", disse a nota da ABI enviada à ONU e citada pela coluna de Lauro Jardim em O Globo.
De acordo com o colunista, o pedido foi endereçado a Diego Garcia-Sayán, relator especial sobre Independência de Juízes e Advogados da organização.
No documento enviado, a entidade contextualiza que, nos últimos anos, o país vive um período de instabilidade política com crescimento do discurso de ódio e de investidas contra instituições públicas. Cita ainda que uma das principais agendas de campanha reside em descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro e a Justiça.
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Ao narrar as ofensas do ex-deputado à ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, no exercício de sua função, a ABI afirma que houve "grave violação à sua independência funcional". Expõem também a resistência de Jefferson à prisão, o qual reagiu ao cerco de agentes da PF com tiros e granadas.
Segundo a mídia, a intenção da ABI é que Garcia-Sayán emita uma nota pública e monitore a repercussão dos ataques feitos pelo presidente de honra do PTB a ministra e ao Judiciário.
No domingo (23), agentes federais foram recebidos pelo o ex-deputado federal, Roberto Jefferson, a tiros de fuzil e granadas ao tentarem cumprir um mandado de prisão na cidade fluminense de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.
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