Durante uma entrevista coletiva nesta terça-feira (25), Masoud Setayeshi, porta-voz do Judiciário do Irã, afirmou que o caso dos espiões franceses é muito significativo e tem dimensões "intensas".
Segundo ele, "várias informações preciosas e estratégicas" foram extraídas dos réus, observando que os cidadãos franceses e as pessoas ligadas a eles estão enfrentando acusações de espionagem, bem como reunião e conluio para agir contra a segurança nacional.
Setayeshi acrescentou, conforme publicado pela agência de notícias Tasnim, que investigações precisas, rápidas e autênticas estão sendo conduzidas sobre o caso.
Dois cidadãos franceses presos no Irã há cerca de quatro meses admitiram suas tentativas de provocar protestos e tumultos no país contra o governo com o objetivo de pressionar o establishment islâmico.
Os dois cidadãos franceses viajaram para o Irã em 28 de abril como turistas, mas foram identificados como "espiões de agências de inteligência ocidentais", segundo a Justiça do Irã.
Os réus confessaram que "trouxeram grandes somas de dinheiro para financiar tumultos e greves e compraram armas na tentativa de provocar o caos". Segundo um dos espiões, o objetivo da inteligência francesa era "pressionar o governo iraniano".