O chanceler húngaro, Peter Szijjarto, disse hoje (26) que seu país não apoia um teto de preço nas importações de gás russo porque o mesmo pode reduzir o fornecimento para a Europa e aumentar os preços.
"Quando se trata de gás, deixamos bem claro que não apoiamos nenhum tipo de teto de preço do gás porque vemos o risco de tal medida acabar em uma quantidade menor de gás entregue ao mercado europeu, e todos nós sabemos que se você diminuir o volume de um produto no mercado, os preços aumentarão ainda mais. Então, é por isso que somos contra o teto de preço", disse Szijjarto em entrevista.
Ao mesmo tempo, o ministro relatou que a Comissão Europeia ainda não apresentou nenhuma proposta concreta sobre o teto.
"Tivemos uma reunião dos ministros de energia da UE ontem [25] em Luxemburgo, e não havia nenhuma proposta concreta para ser colocada na mesa ainda quando se trata de gás. A Comissão Europeia deve colocar a proposta na mesa em breve, mas não sei a que horas eles estarão prontos", afirmou o chanceler húngaro.
Sobre a parte diplomática, Szijjarto disse à Sputnik que espera que os Estados Unidos e a Rússia considerem "seriamente" a possibilidade de realizar uma reunião para encontrar uma solução para a crise ucraniana.
"Esperamos que tanto o governo americano quanto o russo considerem seriamente se encontrar finalmente para discutir essa questão [conflito na Ucrânia] e chegar a um acordo, que possa garantir a paz, e então todas essas ameaças e todas essas perigos podem ter acabado. Esta é a única solução."
Szijjarto acrescentou que está "sempre" pronto para se encontrar com o principal diplomata russo, Sergei Lavrov, e acredita que é vital manter os canais de comunicação abertos.
"Se houver necessidade, é claro, podemos nos encontrar com muita facilidade. […] Acredito na comunicação. Acredito na necessidade de manter os canais de comunicação abertos", declarou o chanceler.
"Se houver necessidade, é claro, podemos nos encontrar com muita facilidade. […] Acredito na comunicação. Acredito na necessidade de manter os canais de comunicação abertos", declarou o chanceler.