Panorama internacional

Rishi Sunak faz as contas e pode congelar 'ajuda externa' do Reino Unido

Rishi Sunak, primeiro-ministro britânico, planeja congelar os fundos de ajuda para os países mais necessitados, como a Ucrânia, por mais dois anos para manter o orçamento sob controle.
Sputnik
O premiê britânico considera congelar o orçamento de ajuda externa da Reino Unido por mais dois anos em uma tentativa de equilibrar as contas públicas do país.
A quantia que o Reino Unido gasta em desenvolvimento internacional é fixada em 0,5% do PIB, mas esperava-se que isso voltasse ao seu nível habitual de 0,7% em 2024 e 2025.
No entanto, de acordo com um artigo publicado pelo jornal The Telegraph, as autoridades estão considerando estender isso por mais dois anos até 2026-27, economizando £ 4 bilhões (R$ 21,09 bilhões) por ano.
Em Londres, existe a preocupação que os montantes de ajuda à Ucrânia este ano ultrapassem o que está estabelecido no orçamento, relata o jornal, citando fontes familiarizadas com o assunto.
"Isso é importante porque significa que podemos controlar a inflação se fizermos isso. Significa que podemos limitar o aumento das taxas de juros da melhor maneira possível, o que é importante", explicou Sunak.
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Na sexta-feira (28), o primeiro-ministro britânico alertou que "decisões difíceis" teriam que ser tomadas sobre gastos públicos e aumentos de impostos, mas prometeu que seriam tomadas com "justiça no coração".
O jornal britânico diz que há duas opções sobre a mesa para o chefe de governo do país. A primeira é reduzir o percentual de ajuda externa para amortecer o golpe na economia, causado pela crise do coronavírus, que gerou uma onda inflacionária.
A segunda é cancelar a redução prevista em um imposto sobre os lucros dos bancos. A taxação atualmente está fixada em 8%, mas estava planejado reduzi-la para 3% no próximo ano.
Permanecendo no nível atual, o governo pode arrecadar bilhões dos bancos para ajudar a financiar o enorme buraco financeiro do Reino Unido.
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