Com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 50,90% dos votos, contra 49,10% de Bolsonaro. Ao todo, o presidente eleito conquistou mais de 60.345.999 de votos, um recorde na história da democracia brasileira.
"Nossos países estão longe um do outro, mas no mundo global de hoje, não tais distâncias como no tempo de Colombo. A qualidade das relações já não depende da distância. Acho que nossas relações serão muito positivas, elas receberão um novo impulso, um novo preenchimento", afirmou a especialista.
Ela recordou que as mesmas relações positivas foram observadas durante os dois primeiros mandatos presidenciais de Lula em 2003-2010, e em 2010 ele visitou a Rússia.
"Sempre houve potencial para melhorar ainda mais as relações, para preencher ainda mais as nossas relações comerciais, havendo grandes contatos na linha política, inclusive a nível das Nações Unidas (ONU), no trabalho entre os Ministérios das Relações Exteriores e no domínio cultural. Havia contatos no campo técnico-militar. Tudo isso estava em um alto e bom nível. Acho que essa linha nas relações com a Rússia vai continuar", acredita Okuneva.
De acordo com a previsão dela, vão se desenvolver os laços econômicos, os contatos políticos e o comércio entre os dois países.
A especialista também fez notar que foi durante o primeiro mandato de Lula que ocorreu "um evento tão importante como aquele que a Rússia e o Brasil se tornaram cofundadores do BRICS".
"Ele estava muito interessado no BRICS, e agora, é claro que está muito interessado. Os interesses nacionais do Brasil estão ligados ao BRICS", disse ela.
Nesta segunda-feira (31), o presidente russo Vladimir Putin, enviou uma mensagem de felicitações a Lula da Silva pela vitória na eleição, expressando esperança de um maior desenvolvimento da cooperação construtiva russo-brasileira, informou o serviço de imprensa do Kremlin.