Operação militar especial russa

Levantamento do NYT revela fracasso das sanções sobre Moscou: 'Realidade frustrante'

De acordo com um amplo levantamento do jornal The New York Times, o comércio internacional com Moscou cresceu neste ano, mesmo quando os países impuseram sanções após a operação especial da Rússia na Ucrânia.
Sputnik
A publicação norte-americana fez um balanço sobre a economia russa, enfatizando os fatos de que a Rússia "tem parcerias comerciais lucrativas e duradouras" e "romper esses laços não é fácil".
"Isso levou a uma realidade frustrante para as autoridades ocidentais", escreve a publicação.
Ao analisar que diversos países da União Europeia (UE) tentaram "punir a economia russa" pelo conflito na Ucrânia, o NYT sustenta que o valor das exportações russas "realmente cresceu", "mesmo em muitos países que assumiram um papel ativo na oposição à Rússia".
O jornal explica que a Rússia é um dos maiores produtores mundiais de petróleo, gás e matérias-primas e "alguns países, incluindo China e Turquia, aprofundaram suas relações com a Rússia" desde o início do conflito ucraniano.
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Ao citar o Brasil, o NYT enfatiza que o governo brasileiro, após o início do conflito, aumentou as exportações da Rússia em 166%. A Alemanha aumentou em 38%, a Espanha, em 112%, e os Países Baixos, em 74%. Outros aumentos foram registrados por Índia (430%), China (98%) e Turquia (213%).

"Muitos países acharam incrivelmente difícil viver sem matérias-primas russas. Mais de dois terços das exportações da Rússia em valor antes da guerra eram de petróleo, gás e metais e minerais essenciais, que ajudam a alimentar carros, aquecer casas e abastecer fábricas em todo o mundo", diz o NYT.

Os dados da economia russa publicados no NYT foram compilados pelo site The Observatory of Economic Complexity (OEC) e "ressaltam o quão profundamente a Rússia está entrelaçada com a economia global, permitindo que Moscou gere quantias substanciais de dinheiro" apesar do conflito, que já está no nono mês.
"As tentativas de nações ocidentais de usar sanções e outras medidas para prejudicar a economia da Rússia até agora tiveram efeitos limitados", conclui a publicação.
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A UE, os Estados Unidos e o Reino Unido impuseram severas penalidades econômicas à Rússia, sancionando centenas de cidadãos ricos e funcionários do governo, mas as restrições à energia russa, que ajuda a alimentar as economias ocidentais, têm sido mais lentas para entrar em vigor.
De acordo com o levantamento, "petróleo e gás são, de longe, as exportações mais importantes da Rússia e uma importante fonte de financiamento do governo". É enfatizado, ainda, que a Gazprom, a gigante estatal russa de energia, "registrou um lucro recorde no primeiro semestre deste ano".
Embora novas proibições de petróleo e produtos petrolíferos devam entrar em vigor, o petróleo russo "provavelmente encontrará seu caminho para novos mercados".
Além da energia, a Rússia continua a ser um dos principais exportadores de outras commodities essenciais, desde fertilizantes e amianto até trigo.
As montadoras internacionais ainda dependem da Rússia para obter paládio e ródio para fazer conversores catalíticos. As usinas nucleares francesas dependem do urânio russo, enquanto a Bélgica ainda desempenha um papel fundamental no comércio de diamantes da Rússia.
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