Panorama internacional

Reuters: viagem de Scholz à China gera preocupação na Alemanha após 'dependência' da energia russa

Na próxima sexta-feira (4), o líder alemão, Olaf Scholz, fará uma viagem à China e encontrará com o presidente Xi Jinping e com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang. Porém, após dependência alemã da energia russa, membros do governo estão preocupados com a reunião.
Sputnik
A ida do chanceler tem provocado preocupações em membros do quadro político alemão uma vez que há tensão interna com a dependência da Alemanha de outro Estado devido às consequências contínuas de sua dependência excessiva da energia russa, segundo a Reuters.
"É extremamente importante que nunca mais nos tornemos tão dependentes de um país que não compartilha nossos valores", disse a ministra das Relações Exteriores Annalena Baerbock quando questionada sobre Pequim.
A viagem também ocorre em um momento de crescente inquietação no Ocidente – particularmente pelo principal aliado de segurança de Berlim, os Estados Unidos – sobre as práticas comerciais chinesas, seu histórico de direitos humanos e ambições territoriais.
No encontro com Xi e Li, Scholz pressionará a China a abrir seus mercados, levantar questões de direitos humanos e discutir tendências "autocráticas", disse um porta-voz do governo alemão na semana passada.
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O chanceler também espera que o gigante asiático possa ajudar a persuadir Moscou a encerrar a operação na Ucrânia, disse uma autoridade do governo alemão nesta quarta-feira (2).
"Esta viagem é uma viagem exploratória para descobrir em troca pessoal onde a China está, para onde está indo e que formas de cooperação são possíveis", disse o funcionário citado pela mídia.
A Alemanha já havia começado a adotar uma postura um pouco mais agressiva em relação à China sob o comando da ex-chanceler Angela Merkel, quando por exemplo, enviou um navio de guerra para o disputado mar do Sul da China pela primeira vez em duas décadas em 2021.
Neste momento, o governo de Scholz está elaborando sua primeira estratégia para a China, com base em um acordo de coalizão que impôs uma postura mais dura em relação a Pequim, mencionando questões delicadas como Taiwan e Hong Kong e violações de direitos humanos em Xianjiang.
O gigante asiático se tornou o maior parceiro comercial da Alemanha em 2016, com uma pesquisa recente do think-tank Ifo descobrindo que quase metade das empresas industriais alemãs agora dependem de insumos significativos da China, escreve a Reuters.
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