Uma maioria da Assembleia Nacional da Bulgária, o parlamento nacional, aprovou na quinta-feira (3) a primeira ajuda militar do país europeu à Ucrânia, escreve a agência norte-americana Associated Press (AP).
A decisão, que teve 175 votos a favor, 49 contra e uma abstenção, permitirá à Bulgária enviar armas a Kiev sem afetar sua própria capacidade militar, segundo a AP. Sófia deverá decidir durante um mês que tipo de armas deverão ser dadas.
A votação foi precedida por um intenso debate, com Kornelia Ninova, líder do Partido Socialista da Bulgária, argumentando que "mais armas significa mais guerra". O Partido Vazrazhdane também chamou seus apoiadores a se reunir em frente ao parlamento para protestar a ajuda militar, que "leva o país à guerra".
Desde o começo da operação militar especial da Rússia que a Bulgária tem reparado equipamento militar ucraniano. No entanto, até agora ela tem recusado enviar armas e equipamento militar.
Apesar de a Bulgária pertencer à União Europeia (UE) e à OTAN, o país tem muitos simpatizantes com a Rússia por questões históricas, culturais e religiosas, e recebe uma grande quantidade de energia desse país. A Bulgária era também, junto com a Hungria, o único país da UE que não enviou armas à Ucrânia. No entanto, todos esses países aprovaram as sanções da UE, com alguns, incluindo Budapeste e Sófia, negociando isenções na questão do petróleo russo, que será proibido em dezembro.