Documentos obtidos pelo site The Grayzone revelam que o ataque planejado à Crimeia visa isolar as forças russas "negando o reabastecimento por mar e por terra via Kerch".
O plano, elaborado em acordo com o Serviço de Segurança da filial de Odessa da Ucrânia, também visa "degradar" a capacidade da Rússia de bloquear Kiev e "erodir a capacidade de combate" de Moscou, disse o Grayzone na sexta-feira (4), citando documentos vazados.
De acordo com a agência de notícias independente, o mesmo "grupo de agentes de inteligência militar" que atualmente planeja criar e treinar um exército secreto de terror ucraniano foi responsável por elaborar planos para explodir a ponte da Crimeia.
A gênese do programa foi fruto de um lobby secreto conduzido ao longo de vários meses por Chris Donnelly, um agente de inteligência militar britânico; um veterano do MI6 chamado Guy Spindler; e Audrius Butkevicius, ex-ministro da Defesa da Lituânia.
A empresa militar privada britânica Prevail Partners, fundada por veteranos das forças especiais, incluindo o ex-brigadeiro da Marinha Real e comandante do Serviço de Barcos Especiais Justin Hedges, foi contratada para recrutar e treinar os combatentes guerrilheiros ucranianos secretos.
Um oligarca ucraniano foi escolhido para financiar o programa, cujos projetos foram produzidos por um veterano militar chamado Hugh Ward, a pedido de Donnelly.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ao Conselho de Segurança da Rússia em 10 de outubro que a Rússia lançou ataques de retaliação usando armas guiadas de precisão contra a infraestrutura ucraniana, em resposta aos crimes cometidos por Kiev contra a infraestrutura civil russa.
Putin condenou o bombardeio da ponte do Estreito de Kerch, também conhecida como Ponte da Crimeia, que ocorreu em 8 de outubro, dizendo que tal ato terrorista não pode ser deixado sem retaliação.