Operação militar especial russa

Putin: luta com neonazistas, que permitiram situação de ameaça mortal à Rússia, era inevitável

O presidente russo descreveu o conflito na Ucrânia como resultado da tentativa de neonazistas de minar a Rússia e de desintegrar o país.
Sputnik
As potências estrangeiras que fornecem armas e mercenários à Ucrânia são implacáveis com seus cidadãos, apenas promovem seus próprios interesses às custas da Ucrânia, disse na sexta-feira (4) o presidente russo Vladimir Putin, em uma reunião para comemorar o décimo aniversário do restabelecimento das Sociedades Histórica e Histórico-Militar da Rússia.
"E hoje, fornecendo continuamente armas para a Ucrânia e enviando mercenários para lá, eles [potências estrangeiras] são absolutamente implacáveis para seus cidadãos. Eles promovem às suas custas seus objetivos geopolíticos, que nada têm a ver com os interesses do povo ucraniano", afirmou o alto responsável russo.
O conflito com os neonazistas ucranianos era inevitável, na opinião dele.
"O conflito da Rússia com o regime neonazista que surgiu na Ucrânia era inevitável. Se não fossem as ações que tomamos em fevereiro, teria sido a mesma coisa, só que de uma posição pior para nós", avaliou o presidente da Rússia.
"A situação na Ucrânia foi levada por seus chamados amigos ao ponto de se tornar mortal para a Rússia e suicida para o próprio povo ucraniano. Nós podemos ver isso mesmo pela natureza das hostilidades: é simplesmente incrível o que está acontecendo lá, é como se os ucranianos não existissem, eles são simplesmente jogados no forno."
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O mandatário sublinhou que "é justamente a Ucrânia, o povo ucraniano, a primeira e principal vítima de uma incitação deliberada de ódio contra os russos, contra a Rússia".
"Recordamos e lembramos o que aconteceu em 1941 quando, apesar das indicações de inteligência de que um ataque à União Soviética era iminente, foram adiadas as medidas de defesa necessárias, e que preço pesado foi pago pela vitória sobre o nazismo na época", disse Vladimir Putin, acrescentando que a situação atual entre a Rússia e a Ucrânia "também não é fácil".
"É difícil e amargo também por causa de se tratar essencialmente da luta de um povo entre si. Basicamente está em curso um confronto dentro de um só povo", explicou o chefe de Estado.
Os esforços da Rússia para alcançar a justiça histórica causam irritação no Ocidente, apontou.
"Nossos posicionamentos sobre a preservação da memória histórica e, portanto, de nossa soberania, causam irritação em alguns países do Ocidente. De fato, isso tem acontecido há séculos. Mas ainda hoje há tentativas de derrubar o solo debaixo de nossos pés", comentou ele.
Ele destacou a história e a cultura nacionais como base da identidade nacional, da mentalidade russa, dos valores tradicionais, da criação da geração mais jovem e da base do Estado russo.
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