Neste sábado (5), o Ministério das Relações Exteriores sueco disse que o novo governo do país vai se distanciar das Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo) enquanto tenta obter a aprovação da Turquia para se juntar à OTAN.
"Há uma conexão muito próxima entre essas organizações [YPG] e o PKK [...] para que seja bom para o relacionamento entre nós e a Turquia. [...] O objetivo principal é a adesão da Suécia à OTAN", afirmou o chanceler sueco Tobias Billstrom segundo a Reuters.
A YPG e seu ramo político PYD são considerados pela Turquia extensões do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), que lançou uma insurgência contra a Turquia em 1980 e é considerado um grupo terrorista por Ancara, Washington e União Europeia.
A Suécia, juntamente com os Estados Unidos e vários outros países da OTAN, apoiou o YPG na luta contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países). No entanto, a Turquia prometeu bloquear o pedido de adesão sueca Suécia à Aliança Atlântica se não parar de apoiar os grupos.
A medida ocorre poucos dias antes de o primeiro-ministro, Ulf Kristersson, viajar para Ancara para tentar convencer o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a deixar Estocolmo se juntar à aliança militar. A Suécia e a Finlândia solicitaram a adesão à OTAN no início deste ano como consequência direta da operação russa na Ucrânia.
Moscou já alertou que reação russa à entrada desses países na organização militar "será simétrica" e que a Rússia vai revisar suas relações com Helsinque e Estocolmo, conforme noticiado.