O mecanismo de assistência financeira para Kiev, no valor de US$ 18,1 bilhões (R$ 93,35 bilhões), será apresentado pela Comissão Europeia na quarta-feira (9), informou a Bloomberg. De acordo com a publicação, ele "será dotado de um conjunto de condições".
"O plano fornecerá uma base sustentável para cobrir as finanças da Ucrânia em 2023, mantendo a flexibilidade para ajustar a ajuda de acordo com as mudanças nas necessidades de financiamento", disse a Comissão Europeia ao anunciar o plano.
Segundo a agência de notícias, a estratégia europeia é fornecer "empréstimos fortemente concessionais" para cobrir necessidades urgentes, assim como restaurar a infraestrutura crítica e fornecer apoio primário para a reconstrução.
Ao mesmo tempo, a atribuição de empréstimos estará condicionada ao cumprimento por Kiev de uma série de condições, incluindo o fortalecimento do Estado de direito e da governança, e a luta contra a corrupção e as fraudes.
A Ucrânia deve cumprir essas condições inclusive para continuar com o seu processo de adesão à União Europeia.
A preocupação internacional envolvendo casos de corrupção, tráfico de armas e restrições democráticas na Ucrânia foi apontada reiteradas vezes nos últimos meses. No mês passado, o Departamento de Estado dos EUA anunciou planos para combater o tráfico de armas enviadas para Kiev.
Além de alertas da Interpol e das autoridades europeias, o Departamento de Estado dos EUA também reconhece que a soberania e as instituições democráticas do governo ucraniano estão ameaçadas pela corrupção interna.
Bruxelas já havia proposto um novo pacote de ajuda à Ucrânia para 2023. Entre dificuldades, o novo plano exige o uso do orçamento da UE como garantia para arrecadar fundos para Kiev, o que envolve a mudança das regras que exigem o apoio unânime de 27 Estados-membros.
Isso, entretanto, pode ser complicado. A Hungria disse que não apoiaria mais fundos conjuntos da UE para a Ucrânia.