O atual presidente dos EUA, Joe Biden, não conseguirá demonstrar força frente ao seu homólogo da China, Xi Jinping, acredita Michael McCaul, representante republicano.
Para ele, momentos como a 27ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática no Egito, o encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) na Camboja e a cúpula do G20 em Bali, Indonésia, onde deverá encontrar o líder chinês, são momentos em que o 46º presidente dos EUA costuma falhar.
"O Egito pode ser um grande aliado, e eles têm um problema de Irmandade Muçulmana*. Mas se [Biden] for lá, como, por exemplo, o que ele fez na Arábia Saudita e os chama de 'párias', e depois exige mais energia [...] E então para nosso carregamento de armas, que eu assinei, e armas guiadas com precisão para se defenderem dos rebeldes houthis, que, por sinal, atacaram os Emirados" Árabes Unidos, contrapôs McCaul.
O congressista mencionou ao canal Fox News a operação militar especial da Rússia na Ucrânia e os exercícios militares da China em torno de Taiwan como exemplos do que diz serem problemas de segurança nacional dos EUA.
"Espero que ele esteja projetando a dissuasão da agressão e a força. Mas esta administração não parece ser capaz de fazer isso."
"[Biden deve projetar] força, e tudo o que ele projeta é fraqueza. [...] Isso convida a agressão, e é por isso que estamos em tantos problemas", concluiu o legislador.
O presidente americano garantiu na quarta-feira (9) que não fará concessões fundamentais à China no seu encontro com Xi, e que está "procurando a competição, não [...] conflito".
Se o Partido Republicano conseguir maioria na Câmara dos Representantes, espera-se que McCaul ficará à frente do Comitê de Relações Exteriores da câmara baixa do Congresso dos EUA.
* Organização proibida na Rússia por atividade terrorista