Panorama internacional

Chanceler da Hungria explica o 'fracasso total' das sanções europeias contra Rússia

As sanções contra a Rússia não alcançaram nenhum dos objetivos declarados da União Europeia (UE) e só saíram pela culatra prejudicando as economias dos países-membros, declarou Peter Szijjarto, o Ministro das Relações Exteriores da Hungria.
Sputnik
A UE, juntamente com os EUA e vários outros países, impôs restrições abrangentes a Moscou em resposta à sua operação militar na Ucrânia que foi lançada em fevereiro.
"As sanções que foram introduzidas pela União Europeia [contra] a Rússia fracassaram. É um fracasso total", disse chanceler húngaro ao portal Roya News.
"Foi dito pela Comissão Europeia que as sanções nos ajudarão a terminar esta guerra o mais rápido possível e que a economia russa ficará de joelhos. Qual é o resultado? É totalmente o oposto."
"A guerra está se tornando cada vez mais brutal […] E, enquanto isso, a economia europeia está sofrendo muito", afirmou Szijjarto, acrescentando que a Europa foi atingida por uma "tremenda crise energética", além de alta inflação e aumento dos preços dos alimentos.
O ministro disse que a Hungria pagou € 7 bilhões (R$ 36,2 bilhões) para importações de recursos energéticos em 2021, mas tem que pagar € 19 bilhões (R$ 98,4 bilhões) este ano. "Isso é imenso. E este é o resultado de uma política de sanções fracassada." Szijjarto disse que, em vez de restrições econômicas, a UE deve se concentrar em alcançar a paz na região. Ele afirmou que um acordo na Ucrânia poderia vir como resultado de negociações entre a Rússia e os EUA.
"Basicamente, somos os únicos na Europa que estão apelando em favor da paz", ressaltou chanceler húngaro.
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O ministro defendeu a decisão da Hungria de rejeitar os apelos de Kiev para enviar armas e não participar do treinamento das tropas ucranianas. Essas medidas "contribuem para a escalada" de tensões em vez de ajudar a acabar com o conflito, concluiu ele.
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