Panorama internacional

EUA avisam Austrália contra participação do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares

A Embaixada dos EUA na Austrália advertiu o país oceânico contra a possibilidade de defender a proibição de armas nucleares, depois que Camberra se aproximou recentemente desse posicionamento.
Sputnik
Os Estados Unidos instaram a Austrália a não assinar o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, informa o jornal britânico The Guardian, em matéria publicada na quarta-feira (9).
O acordo foi assinado em setembro de 2017 e entrou em vigor em janeiro de 2021, tendo já sido assinado por 68 países. Ele tem o objetivo de proibir e acabar por eliminar totalmente as armas nucleares. Contrário ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares de 1968, e que entrou em vigor em 1970, que tem a participação de 189 países, o acordo mais recente só tem a participação de 68 partes, entre os quais não estão os Estados nucleares e da OTAN.
Na opinião das declarações dadas pela embaixada americana ao jornal, o tratado "não permitiria relações de dissuasão ampliadas dos EUA, que ainda são necessárias para a paz e a segurança internacionais", e poderia "reforçar as divisões" entre os países do mundo.
"Embora os Estados Unidos compreendam e compartilhem o desejo de avançar nas metas de desarmamento nuclear, não apoiamos o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares", disse um porta-voz da embaixada.
"Os Estados Unidos não acreditam que o progresso em direção ao desarmamento nuclear possa ser dissociado das ameaças de segurança predominantes no mundo de hoje", argumentou.
Panorama internacional
Senador australiano pede retirada do AUKUS e critica EUA por 'desestabilizar' toda região
Recentemente, o governo da Austrália mudou seu posicionamento sobre o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, se abstendo na última votação nas Nações Unidas, quando nas vezes anteriores Camberra votava sistematicamente contra ele.
A Austrália e os EUA são, junto com o Reino Unido, aliados no AUKUS, um acordo que prevê que Washington e Londres forneçam para Camberra as tecnologias necessárias para se equipar com submarinos movidos a energia nuclear.
Comentar