Evo Morales, ex-presidente da Bolívia (2006-2019), vê os EUA e a OTAN como responsáveis pela escalada do conflito na Ucrânia.
"Quem provoca essa guerra? A OTAN com os EUA. Eles têm a cultura da morte [...] e alguns países também são cúmplices da OTAN", comentou ele em entrevista à RT, realizada durante o VIII Encontro do Grupo de Puebla em Santa Maria, Colômbia, que tem o lema de "A região unida pela mudança".
O político lamentou que "mais de 200.000 soldados" tenham perdido sua vida.
Morales também discutiu a conformação do Runasur, um fórum de movimentos sociais alternativo, ou, como ele o qualificou, "Unasur (União de Nações Sul-Americanas) dos povos", que reuniriam "setores sociais, personalidades que têm posição política anti-imperialista e anticapitalista". Pelo menos 60 altos responsáveis de 17 países participaram do evento, incluindo a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff e o ex-premiê espanhol José Luis Zapatero, além da presença virtual dos presidentes argentino e chileno.
O ex-mandatário disse que no Grupo de Puebla foram definidas campanhas internacionais, uma contra a OTAN e outra contra a "imoral" Doutrina Monroe dos EUA, que prevê uma "esfera de influência" exclusiva dos EUA nas Américas.