Arakhamia disse, conforme citado pelo portal de notícias ucraniano Strana no sábado (12), que as conversas podem acontecer quando a corrida presidencial começar nos EUA, "quando os ciclos eleitorais começarem a funcionar tanto na Rússia quanto nos Estados Unidos, ou seja, será em algum lugar no segundo semestre do próximo ano."
As negociações Rússia-Ucrânia começaram no final de fevereiro, após o início da operação militar especial de Moscou.
A última rodada das negociações foi concluída em Istambul, em 29 de março.
As tratativas entre ambos os países estão paralisadas desde então.
No final de setembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que Moscou ainda estava aberta a negociações com Kiev e pediu à Ucrânia que parasse com as hostilidades.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky, por sua vez, afirmou que Kiev estava pronta para o diálogo com Moscou, mas apenas se outro presidente chegasse ao poder na Rússia.
O Kremlin respondeu que Moscou esperaria uma mudança na postura do atual presidente da Ucrânia ou de seu sucessor.
No início deste mês, Zelensky expôs as condições para as negociações de paz com a Rússia, exigindo: restauração da integridade territorial da Ucrânia; respeito à Carta da Organização das Nações Unidas (ONU); "compensação por todos os danos causados pela guerra"; e garantias de que o conflito "não acontecerá novamente", entre outras exigências.
No início desta semana, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, disse que Moscou não estava apresentando nenhuma precondição para negociações com a Ucrânia, mas que Kiev deve mostrar boa vontade.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia está "aberta para contatos", mas a Ucrânia "codificou a não continuação das negociações".
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, disse no sábado (12) que consideraria uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, se receber tal solicitação.