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'Quero trazer lei para as redes', diz Alexandre de Moraes em Nova York

Em discurso em evento, presidente do Tribunal Superior Eleitoral disse que as redes sociais "não podem ser terra de ninguém".
Sputnik
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que pretende "trazer leis para as redes sociais". A declaração foi dada em discurso na primeira edição da LIDE Brazil Conference, realizada em Nova York, Estados Unidos.
O evento reúne ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal de Contas da União (TCU), gestores públicos e privados, empresários e economistas. Ao longo desta segunda-feira (14) e da terça-feira (15), eles discutirão questões envolvendo liberdade, democracia e os desafios para a economia em 2023.
Em sua fala no evento, Moraes afirmou que "a democracia brasileira foi atacada, mas sobreviveu". Ele defendeu a atuação do TSE no combate à desinformação e disse que a empreitada não pode ser confundida com censura. "Quero trazer leis para as redes", disse o ministro, segundo noticiou a Folha de S.Paulo.
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Moraes disse que as redes não podem ser "terra de ninguém". "As milícias digitais podem falar o que quiser, mas devem ter coragem para serem responsabilizadas posteriormente", disse o ministro, acrescentando que as empresas de tecnologia precisam ter as mesmas responsabilidades da mídia.
Também discursaram no evento os ministros do STF Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes. Barroso afirmou que no Brasil criou-se "uma lenda de que o Supremo Tribunal Federal é contra o presidente".
"Todos os presidentes tiveram queixas do Supremo, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff. A única diferença é que nenhum deles atacou o Supremo. Nós não temos lado, só o das instituições", disse o ministro, acrescentando que só não existe tensão entre o Executivo e o Judiciário "em países em que as cortes foram cooptadas".
Já Gilmar Mendes disse em seu discurso que as prioridades do Brasil para 2023 devem ser o combate à fome e à desigualdade. "Um país onde há gente passando fome precisa parar tudo e cuidar disso. E é preciso dar prioridade à educação básica. Quem acha que o problema da educação é a Escola sem Partido ou discutir se 1964 foi ou não golpe está assustado com a assombração errada e está nos atrasando na história", disse o ministro.
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