As Forças Armadas da Noruega assinaram um acordo histórico com os EUA para a compra de mísseis ar-ar AMRAAM-D no valor de US$ 500 milhões (cerca de R$ 26 bilhões). Os mísseis vão ser usados principalmente para equipar a nova frota de caças F-35 da Noruega.
Não é apenas a maior aquisição de armas para as Forças Armadas norueguesas de todos os tempos, disse o Ministério da Defesa da Noruega, o AMRAAM-D de médio alcance deve ser a principal arma das aeronaves de combate do país nas próximas décadas.
"Estamos muito satisfeitos que a Noruega agora também tenha acesso a esses mísseis avançados", disse o ministro da Defesa, Bjorn Arild Gram, em um comunicado à imprensa.
O tenente-coronel Eivind Byre, chefe de comunicações da Força Aérea, disse à mídia norueguesa que o F-35 continua sendo o avião de guerra mais poderoso das Forças Armadas norueguesas e a aquisição vai fortalecer ainda mais a capacidade operacional das aeronaves.
De acordo com o Ministério da Defesa, a aquisição "liberará" todo o potencial da plataforma F-35, que, adiantou, era "particularmente importante à luz da atual situação da política de segurança".
Até agora, a arma só foi exportada para aliados próximos dos EUA, como Canadá, Austrália e Reino Unido.
O AMRAAM-D é uma versão atualizada do míssil usado anteriormente pelo F-16 e pelo sistema de defesa antiaérea NASAMS. Está equipado com um motor mais potente, melhores sistemas de controle e link de dados.
De acordo com o diretor da Agência Norueguesa de Material de Defesa, Gro Jaere, dada a grande melhoria em sensores e alcance, a arma vai ser eficaz contra drones, mísseis de cruzeiro e outras aeronaves de combate.
Juntamente ao contrato, também foi assinado um acordo de cooperação industrial com o fabricante de mísseis Raytheon, que já colabora com várias empresas de defesa norueguesas. O ministro da Defesa, Arild Gram, descreveu isso como um método de "criar oportunidades para a indústria norueguesa" e "garantir a criação de valor".
Anteriormente, a Noruega comprou 52 F-35 para substituir sua frota envelhecida de F-16 e espera que eles se tornem totalmente operacionais até 2025. Vários membros do alto escalão militar e funcionários representando governos consecutivos se referiram aos F-35 como a nova espinha dorsal dos militares noruegueses.
No entanto, esta valiosa aquisição enfrentou vários problemas, desde custos inflacionados a níveis excessivos de ruído, resultando em centenas de reclamações e até processos judiciais de noruegueses que moram perto da base de caças em Orlandet. Notavelmente, problemas semelhantes com ruído surgiram no país nórdico da Dinamarca, que comprou 27 F-35.