Panorama internacional

China mostra 'consistência' na 'rejeição de sanções ocidentais ilegítimas', diz embaixador russo

Nesta quinta-feira (17), o embaixador russo na China, Igor Morgulov, afirmou que Pequim tem mostrado consistência em uma postura de rejeição às sanções ocidentais impostas contra a Rússia.
Sputnik
Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, os Estados Unidos lideram, ao lado da União Europeia (UE), um movimento de introdução de um volume de sanções sem precedentes contra a Rússia, incluindo medidas drásticas no setor energético. O embaixador russo na China, Igor Morgulov, comentou esse cenário em entrevista à mídia russa. Em seu comentário, Morgulov salientou a postura chinesa de rejeitar esse cenário.
"Os parceiros chineses também demonstram consistência na rejeição de sanções ocidentais ilegítimas, que violam grosseiramente os princípios do direito internacional e do livre comércio, e que levam à desestabilização do mercado mundial, especialmente em uma área tão sensível como a energia", afirmou Morgulov.
O presidente russo, Vladimir Putin (à esquerda), e o presidente chinês, Xi Jinping, durante reunião na Diaoyutai State Guesthouse, em Pequim, na China, em 4 de fevereiro de 2022
O diplomata russo também teceu comentários sobre a intenção do Ocidente de estabelecer um limite de preços às exportações de petróleo e gás da Rússia. Segundo Morgulov, esse não é um tema da relação entre Moscou e Pequim.
"O desejo de um grupo de países hostis de estabelecer um limite de preço para os recursos energéticos russos não é um tema da agenda russo-chinesa. A posição do nosso país é a mais clara possível, foi repetidamente expressa pelo presidente russo, Vladimir Putin - a Rússia não exportará produtos para Estados que apoiarem a introdução de um limite de preço para os recursos energéticos russos", disse Morgulov.
O embaixador acrescentou que espera que a Rússia e a China possam se aproximar da meta comercial de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 1,08 bilhão) até o final deste ano.
Comentar