A declaração foi dada por Sabrina Singh, vice-porta-voz do Pentágono, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira.
"Honestamente, não estamos procurando um conflito com a China. Podemos competir, mas ao mesmo tempo vemos isso como um confronto crescente", disse Singh.
A porta-voz do Pentágono enfatizou que os EUA não têm interesse em um conflito com Pequim e, portanto, insistem na importância de manter os canais de comunicação abertos, com um diálogo regular.
Biden e Xi se reúnem
A declaração é similar à dada pela Casa Branca na segunda-feira (14), após a primeira reunião cara a cara do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula do G20.
Na ocasião, Washington informou que o presidente norte-americano explicou ao seu homólogo chinês que os Estados Unidos vão continuar competindo vigorosamente com a China, mas enfatizou que essa competição não deve se transformar em conflito.
"O presidente Biden explicou que os Estados Unidos continuarão a competir vigorosamente com a República Popular da China, inclusive investindo em fontes de força em casa e alinhando esforços com aliados e parceiros em todo o mundo. Ele reiterou que essa competição não deve se transformar em conflito e ressaltou que os Estados Unidos e a China devem administrar a competição com responsabilidade e manter linhas de comunicação abertas", disse a Casa Branca.
Câmara dos EUA sem o comando de Nancy Pelosi
O pronunciamento do Pentágono foi feito no mesmo dia que a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, anunciou que renunciará ao posto de líder do Partido Democrata na próxima legislatura e deixará a presidência da Casa, após o Partido Republicano conseguir a maioria das cadeiras da Câmara nas eleições de meio de mandato.
Pelosi foi a pivô da escalada de tensões entre China e EUA devido a sua visita a Taiwan, em agosto. O avião da Força Aérea dos EUA com a presidente da Câmara a bordo aterrissou em Taipé no dia 2 daquele mês, com caças chineses se dirigindo ao estreito de Taiwan como resposta.
Para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Wang Wenbin, a ida de Pelosi a Taiwan teve como objetivo provocar a China e contrariar a política de "uma só China", adotada oficialmente pelos Estados Unidos.