Os Estados Unidos estão ficando sem algumas munições que têm enviado para a Ucrânia em meio ao conflito do país com a Rússia, informou a CNN nesta quinta-feira (17).
A emissora citou como fonte um funcionário do governo dos EUA com conhecimento direto do assunto, que afirmou que os estoques para certos armamentos estão "diminuindo", pois há uma "quantidade finita" de estoques excedentes disponíveis para os Estados Unidos enviarem à Ucrânia.
Entre as munições cuja quantidade é particularmente preocupante estão as de artilharia de 155 mm e os mísseis antiaéreos Stinger. A fonte citada pela CNN afirmou que os alarmes também estão sendo soados sobre a crise de produção envolvendo itens como mísseis HARM, mísseis terra-superfície GMLRS e lançadores portáteis de mísseis antitanque Javelin.
O governo americano agora depende principalmente de dois canais para enviar armas para a Ucrânia: a autoridade presidencial, que acessa diretamente os estoques de armas existentes do Departamento de Defesa (DoD, na sigla em inglês); e a compra de armas adicionais da indústria usando dinheiro que o Congresso aprovou para a Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, também do DoD.
De acordo com o último relatório do departamento, os Estados Unidos destinaram mais de US$ 19,3 bilhões (cerca de R$ 96,5 bilhões) em assistência de segurança à Ucrânia desde o início do governo Joe Biden.
Agora, com o Partido Republicano recuperando o controle da Câmara dos Representantes, há uma sensação crescente de que a Casa examinará com mais rigor a ajuda enviada à Ucrânia. O deputado Kevin McCarthy, líder dos republicanos na Câmara, disse no início desta semana que embora garantir a capacidade de autodefesa da Ucrânia seja importante, "não deve haver cheque em branco para nada".