Em um "gesto simbólico", o conservador Partido Popular Europeu colocou a designação em debate em outubro, em resposta ao conflito militar na Ucrânia, e foi apoiado por outros grandes partidos.
A resolução irá agora para votação em plenário.
"Na quarta-feira (23), os membros do Parlamento votarão uma resolução que designa a Rússia como um 'Estado patrocinador do terrorismo', à luz dos ataques russos intensificados contra alvos civis", disse a vice-porta-voz, Delphine Colard, a repórteres nesta sexta-feira (18).
O Parlamento se reunirá em Estrasburgo, na França, para uma sessão plenária de quatro dias a partir de segunda-feira (21).
O projeto de resolução divulgado pelo Parlamento descreve as penalidades que a Rússia pode enfrentar se receber a designação.
"O Parlamento Europeu declara a Federação da Rússia um 'Estado terrorista' e encoraja o Conselho Europeu e os Estados-membros da União Europeia a implementarem medidas efetivas para isolá-la internacionalmente", dizia o texto.
Possíveis penalidades financeiras contra a Rússia podem incluir o uso de seus bens estatais e privados congelados como forma de "compensação" por danos infligidos à Ucrânia, conforme proposto no projeto de resolução.
As decisões do Parlamento não são juridicamente vinculativas, mas o Executivo da União Europeia as leva em consideração ao definir as políticas externas.
O principal diplomata da UE, Josep Borrell, admitiu em outubro que a União Europeia não tinha uma estrutura legal para impor a designação de um terceiro país como um 'Estado patrocinador do terror'.