Os comerciantes europeus estão apressando o preenchimento de seus depósitos com diesel russo antes da entrada em vigor da proibição da União Europeia (UE), relatou na segunda-feira (21) a agência britânica Reuters.
Em fevereiro entra em vigor a proibição de quaisquer importações de produtos petrolíferos russos.
No entanto, como indica a Reuters, a partir de 30 de novembro os comerciantes já terão que provar à ICE Futures Europe que nenhum produto diesel de origem russa entrou na região de armazenamento Amsterdã-Roterdã-Antuérpia (ARA), nos Países Baixos e na Bélgica, para realizar uma entrega posterior a dezembro. Além disso, os que chegarem em dezembro terão de ser movidos para petroleiros que já não poderão ser descarregados no território.
Citando dados da empresa de analítica de energia Vortexa, a agência explica que o carregamento na região ARA subiu para 215.000 barris por dia entre 1º e 12 de novembro, um aumento de 126% a partir de outubro.
As importações de diesel da Rússia constituíram 44% de todas as importações de combustíveis em novembro, contra 39% em outubro, segundo dados da Refinitiv. A Rússia segue sendo a maior exportadora de diesel para a UE, apesar de essa proporção ter estado em mais de 50% antes do começo da operação militar especial em fevereiro.
"A UE terá que assegurar cerca de 500-600 kb/d [500.000-600.000 barris por dia] de diesel para substituir os volumes russos. Os substitutos virão dos EUA e também do leste de Suez, principalmente do Oriente Médio e da Índia", explica Eugene Lindell, analista de refinaria e do mercado de produtos da FGE.