Dirigentes de PP e Republicanos alegaram que a ação movida pelo PL em nome da coligação que sustentou a candidatura de Bolsonaro não foi feita com a concordância desses dois partidos.
"Não fomos consultados. Reconheci o resultado publicamente às 20h28 do dia da eleição", declarou o presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), em entrevista ao Estado de S. Paulo.
O presidente interino do PP, deputado federal Cláudio Cajado (BA), usou o mesmo argumento. Cajado está interinamente na presidência em razão de o senador Ciro Nogueira (PI) atuar como ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
"Não fui consultado, e eles falavam em nome do PL, e não em nome da coligação", declarou.
O ministro Alexandre de Moraes indeferiu, na noite de quarta-feira (23), o pedido do PL que contestava o resultado das urnas no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Além de rejeitar a ação que requeria a anulação de parte dos votos, Moraes determinou a aplicação de uma multa de R$ 22,9 milhões ao partido, bloqueando e suspendendo as contas do fundo partidário dos partidos da coligação eleitoral de Jair Bolsonaro até o pagamento.