Atualmente, a equipe de transição conta com 417 pessoas e o auditório possui 372 lugares. Além dos 102 políticos já confirmados estão no grupo ex-ministros dos governos Lula, Dilma e Temer, celebridades, figuras do meio acadêmico e representantes da sociedade civil, segundo o jornal O Globo.
O tamanho da equipe estaria incomodando membros da própria transição, que consideram um "exagero" a quantidade de pessoas escaladas para colaborar com o novo governo, relata a mídia.
"Estão usando os grupos de transição para montar o programa de governo que não foi apresentado durante as eleições", alfinetou um parlamentar ouvido pelo jornal e integrante da base aliada de Lula e de um dos grupos.
Um senador aliado disse que "transição é lugar para quadros técnicos, não para políticos", diz a mídia.
Um dos grupos de trabalho mais congestionados da transição é o de Educação, com 22 pessoas, que já se tornou alvo de silenciosa disputa política nos bastidores pelo comando do ministério da área, o MEC, dono de um dos maiores orçamentos da Esplanada.
"Na educação há um exagero monumental e uma disputa entre o PT e os movimentos sociais versus as posições ligadas aos empresários que trava tudo, além da disputa entre o PT corporativo [...]", afirmou um integrante do grupo ao jornal.
Outra equipe congestionada é a da Justiça, onde estão os aspirantes ao comando da pasta – como o ex-governador Flávio Dino e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, do grupo Prerrogativas, porta-voz das críticas aos métodos de investigação da Lava Jato – e aliados de Lula cotados para as vagas que serão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo ano, como os advogados Cristiano Zanin, Pierpaolo Bottini e Carol Proner.