Os representantes das duas delegações assinaram o documento, que foi previamente lido pelo mediador representante da Noruega, Dag Nylander, na presença do ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, país anfitrião .
Antes da assinatura do acordo, o chanceler mexicano descreveu o dia como "uma esperança para toda a América Latina" e destacou que a posição de seu país será sempre de mediação.
"É uma esperança para toda a América Latina. É uma boa notícia quando há diálogo, mediação e essa é a nossa posição sobre esse assunto", disse Ebrard.
Por sua vez, o negociador-chefe da Noruega, Dag Nylander, expressou sua "profunda gratidão" ao governo do México e seu chanceler Ebrard por receber os diferentes participantes do processo de diálogo e negociação.
Retomou-se o diálogo sobre a Venezuela e assinou-se o segundo acordo entre o governo e a oposição daquele país irmão. É um triunfo da política e do mérito ser reconhecido pelos participantes. O México é a sua casa. Parabéns!! Boas notícias para o povo venezuelano.
Como ficou o acordo
O segundo acordo parcial para a proteção do povo venezuelano visa a recuperação de recursos legítimos, propriedades do Estado venezuelano que estão bloqueadas pelas sanções impostas contra o país.
O tratado cria "um mecanismo prático, voltado para atender necessidades sociais vitais e problemas de serviço público, com base na recuperação de recursos legítimos, propriedade do Estado venezuelano, que hoje estão bloqueados no sistema financeiro internacional".
Ambas as partes concordaram com a criação de uma Junta Nacional de Assistência Social, que servirá como "órgão técnico auxiliar para a mesa de diálogo e negociação, que trabalhará para realizar ações e programas específicos de assistência social para o povo venezuelano".
Os recursos bloqueados serão direcionados principalmente para a assistência social das populações em termos de saúde, eletricidade, alimentação, bem como dos atingidos pelas chuvas.
O acordo estabelece a solicitação do apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) para a criação de um fundo fiduciário único para ampliar as medidas de proteção.
Presidente da Assembleia Nacional e chefe da delegação venezuelana, Jorge Rodríguez destacou o acordo, enfatizando que "bilhões de dólares irão diretamente para o financiamento da educação e saúde".