O representante permanente da Rússia para Organizações Internacionais em Viena, Mikhail Ulyanov, disse que a Europa perdeu a Rússia como sua maior fornecedora de energia.
"Não é o contrário: a Europa perdeu a Rússia como sua maior fornecedora de energia para ter a oportunidade de comprar o GNL [gás natural liquefeito] dos EUA a um preço muito mais alto? Grande conquista!", Ulyanov escreveu no Twitter.
A postagem foi uma resposta a um usuário da rede social que, citando o chefe da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), disse que a Rússia perdeu a Europa como seu maior cliente de energia "para sempre".
O chefe da IEA, Fatih Birol, disse em outubro que a Rússia havia perdido o mercado europeu de petróleo e gás para sempre e enfrentaria uma queda na produção.
O Ocidente intensificou a pressão de sanções sobre a Rússia como retaliação à operação especial na Ucrânia, o que levou a preços mais altos de eletricidade, combustíveis e alimentos na Europa e nos Estados Unidos.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os recursos energéticos russos baratos e confiáveis são a vantagem competitiva da Europa, e mesmo uma rejeição parcial deles já teve um impacto negativo em sua economia e residentes. E os EUA, pressionando a União Europeia a sancionar a Rússia, estão levando à desindustrialização da Europa, disse Putin.
Putin, comentando a ideia do Ocidente de limitar os preços dos recursos energéticos russos, disse que a Rússia não forneceria nada ao exterior se isso fosse contrário aos seus próprios interesses. O vice-primeiro-ministro Aleksandr Novak disse que a Rússia não forneceria petróleo a países que estabelecessem qualquer teto de preço. Ele acrescentou que tais restrições eram uma interferência nas ferramentas de mercado e que Moscou estava em prontidão para trabalhar com consumidores prontos para as condições de mercado.