"Eles começaram a nos bombardear em 2014. Os aviões vieram. Eu estava na minha casa de campo colhendo morangos. Eu os vi sobrevoando [a região]. Fiquei pensando se Donetsk não os tinha deixado pousar. E acabou que eles estavam jogando bombas no aeroporto [...]. Agora, claro, o conflito se aprofundou. Um lado quer tomar Donetsk, e o outro não vai deixá-los [os ucranianos]", diz a senhora na gravação.
"Problema resolvido. Sem repórteres aqui, eles podem apenas insinuar que é tudo propaganda russa", ironizou. E prosseguiu: "Eles não querem que você saiba que a Ucrânia está matando seu 'próprio povo' no leste. Porque eles não querem que você saiba que há uma paz a ser alcançada. Ao ouvir as pessoas de ambos os lados. E eles não mandam jornalistas para cá. Porque se eles estivessem aqui, eles não teriam escolha a não ser relatar exatamente o que estou relatando! É uma loucura quando as pessoas me dizem que isso não está acontecendo! Dois dos meus apartamentos, em áreas diferentes, foram atingidos. Eu vi os corpos na rua. Estive nos funerais das crianças! Fui alvo de gritos nos locais das bombas por ser britânico! Visto que os países da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] agora fornecem armas/munições."
"A Ucrânia, com apoio integral da OTAN, está fazendo isso! O fato inescapável é que a Ucrânia tem tentado limpar etnicamente a população russa de Donbass porque ela resistiu a seus ditames. E a OTAN e a União Europeia, em vez de buscarem a paz, estão apoiando tentativas de limpeza étnica na Europa. Isso é inevitável [de se negar]. Houve um encobrimento maior na história da Europa moderna do que isso? Um país bombardeando seus próprios civis por oito anos. E a maioria das pessoas nem mesmo sabendo disso. E quem se pronunciar é acusado de ser algum tipo de agente ou propagandista!", denunciou.