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Hungria veta empréstimo da UE para Ucrânia; bloco responde e adia decisão sobre fundos ao país

Decisão do governo húngaro foi mal recebida pelo bloco uma vez que, mesmo sem a aprovação de Budapeste, a UE consegue enviar o dinheiro a Kiev, mas novamente na forma de empréstimos bilaterais, o que é mais complicado e mais difícil para Ucrânia retornar.
Sputnik
Ministros europeus tentaram obter apoio da Hungria para enviar € 18 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) à Ucrânia em 2023, mas o governo de Viktor Orbán vetou o empréstimo nesta terça-feira (6).
Em uma reunião dos ministros da Economia e Finanças da UE em Bruxelas, o ministro húngaro, Mihaly Varga, confirmou a oposição de seu governo a apoiar Kiev com o empréstimo, relata o Politico.
"Não fomos capazes de adotar o pacote como um todo, mas não vamos desanimar. Nossa ambição continua sendo iniciar os desembolsos para a Ucrânia em janeiro", disse Zbynek Stanjura, ministro das Finanças tcheco em sua função de presidente do encontro de ministros das Finanças hoje (6).
Stanjura encarregou o conselho de trabalhar em "uma solução apoiada por 26 Estados-membros", que contornaria o veto da Hungria.
A notícia foi muito mal recebida pelo bloco europeu que decidiu retirar de sua agenda hoje (6) qualquer decisão sobre € 7,5 bilhões (R$ 41,4 bilhões) em fundos da UE destinados à Hungria.
Os ministros também adiaram qualquer decisão sobre o plano de gastos de Budapeste por outros € 5,8 bilhões (R$ 32 bilhões) previstos para a Hungria a partir do estímulo econômico do bloco, que foi criado para ajudar as economias a se recuperarem da pandemia de COVID-19, escreve a Reuters.
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O governo húngaro também luta pelo acesso aos fundos de coesão da UE que obteria entre 2021 e 2027, relata a mídia. Juntos, os fundos somam quase 9% do PIB húngaro estimado para 2022.
No atual momento, o bloco europeu e o país vivem um impasse devido à falta de confiança entre Budapeste e as instituições da UE, o que tornou difícil para os ministros das finanças da União Europeia chegarem a um acordo informal e resolver as questões separadas.
O bloco também precisa do consentimento da Hungria para implementar o acordo da OCDE de que as grandes corporações internacionais devem ser tributadas em no mínimo 15% onde operam, e não onde estabelecem um escritório para fins tributários.
Mas funcionários da UE disseram que o governo Orbán também se recusou a endossar a medida como forma de aumentar sua influência nas negociações para obter fundos europeus, segundo a Reuters.
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