"Alguns meses foram marcados apenas por uma irritação silenciosa, mas, na semana passada, o conflito deflagrou. Thierry Breton, comissário da União Europeia para o Mercado Interno, anunciou que não ia participar das reuniões [previstas para esta semana em Maryland] do Conselho UE – EUA de Comércio e Tecnologia, órgão-chave de coordenação da política econômica transatlântica", afirmou o jornalista.
Segundo o artigo, Breton disse que a prioridade é "manter a competitividade da base industrial europeia".
Conforme o colunista, as divergências entre os Estados Unidos e a UE se agravaram em meio ao conflito na Ucrânia. O autor do artigo destaca que os preços do gás natural na maioria dos países da União Europeia são dez vezes superiores aos norte-americanos, o que coloca as indústrias europeias em "uma posição extremamente desvantajosa".
"Cada uma das novas medidas tomadas por Washington inclina a balança a favor das empresas que investem nos Estados Unidos, e não na Europa", concluiu Alden.
Os países ocidentais enfrentam uma alta de preços da energia e forte inflação devido às sanções impostas à Rússia e à decisão de não comprar combustíveis russos.
Em meio ao aumento dos preços do petróleo e especialmente do gás natural, as indústrias na Europa em muitos aspectos perderam suas vantagens competitivas. Além disso, os EUA e os países da UE estão sofrendo de uma inflação recorde, a maior registrada nas últimas décadas.
O presidente russo Vladimir Putin tem repetidamente salientado que as sanções atingiram toda a economia mundial. Segundo Putin, o objetivo principal do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas.