O ex-chefe de gabinete e advogado de Pedro Castillo, Guidio Bellido, vem sugerindo em entrevistas e postagens nas redes sociais que o ex-presidente peruano deposto e detido pode ter sido induzido a dissolver o Congresso sob o efeito de drogas psicotrópicas.
"Ele não se lembra de seu anúncio na televisão. Pergunto a ele 'Por que você leu?' [o decreto que dissolve o Congresso], e ele responde que não se lembra", disse Bellido a repórteres nesta sexta-feira (9), após visitar Castillo no quartel da polícia em Lima, onde o ex-presidente está em prisão preventiva por pelo menos sete dias. Ele alvo de uma investigação do ministério público peruano por por rebelião e conspiração.
Na última quinta-feira (8), Bellido também sugeriu, em uma postagem no Twitter, que o ex-presidente não tinha conhecimento do que estava fazendo.
Há indícios de que o presidente foi obrigado a ler a mensagem da dissolução, e quem redigiu o texto o fez de forma a apresentar um argumento para a deposição, razão pela qual até então não houve votações. Exigimos que seja determinado quem foram os arquitetos desta queda.
Enquanto o Congresso debatia o terceiro pedido de impeachment contra Castillo desde que ele assumiu o poder, em julho de 2021, o então presidente peruano fez uma declaração solene na televisão, usando a faixa presidencial, anunciando a dissolução do Congresso e a instauração de um estado de exceção no país.
Segundo Bellido, "o estado psicológico de Castillo quando leu a mensagem à nação é a prova de que não tinha todas as suas faculdades plenas". Ele pede a realização de um exame toxicológico com urgência e a soltura do ex-presidente.
Essa teoria, segundo a qual Castillo teria agido sob influência, já foi defendida por um de seus advogados, Guillermo Olivera.
"O que eu sei é que quando o ex-presidente leu a mensagem escrita por outras pessoas, alguns minutos antes, ele recebeu uma bebida, supostamente água, e depois de beber a água, ele sentiu uma tontura. Todo mundo viu que ele estava lendo de forma instável e suspeito que ele estava dopado", disse Olivera a repórteres do lado de fora do quartel da polícia de Lima.
Na madrugada de quinta-feira, a polícia realizou buscas na sede da presidência e em alguns ministérios, em busca de elementos da investigação aberta contra o Castillo, em particular gravações de câmeras de vigilância.
Essa teoria, segundo a qual Castillo teria agido sob influência, já foi defendida por um de seus advogados, Guillermo Olivera.
"O que eu sei é que quando o ex-presidente leu a mensagem escrita por outras pessoas, alguns minutos antes, ele recebeu uma bebida, supostamente água, e depois de beber a água, ele sentiu uma tontura. Todo mundo viu que ele estava lendo de forma instável e suspeito que ele estava dopado", disse Olivera a repórteres do lado de fora do quartel da polícia de Lima.
Na madrugada de quinta-feira, a polícia realizou buscas na sede da presidência e em alguns ministérios, em busca de elementos da investigação aberta contra o Castillo, em particular gravações de câmeras de vigilância.