De acordo com democrata, a votação precisou ser encerrada após uma reunião com representantes do governo de Joe Biden, presidente norte-americano.
"Fiquei desapontado que o governo Biden tenha anunciado sua oposição à resolução que estou apresentando", disse ele.
O senador acrescentou que o governo dos EUA tentou apaziguar a questão ao prometer que vai "acabar com a guerra no Iêmen e trazer a paz para aquela região tão conturbada".
O democrata destacou que não tem certeza se o governo Biden e os senadores querem acabar com o envolvimento dos Estados Unidos no conflito do Iêmen, e criticou as dificuldades para chegar a um acordo.
Ao concluir sua fala no púlpito do Senado, ele ainda fez uma previsão, afirmando que o Congresso voltaria a falar no assunto, se não agora, em um futuro próximo.
"Os senadores voltarão ao plenário com uma resolução para acabar com o papel dos EUA no conflito do Iêmen em um futuro muito próximo se a cooperação com o governo Biden falhar", disse Sanders.
Vale lembrar que Joe Biden anunciou oficialmente em fevereiro de 2021 o fim do apoio norte-americano às operações na guerra do Iêmen. O anúncio cumpria uma promessa de campanha.
"Estamos intensificando nossos esforços diplomáticos para acabar com a guerra no Iêmen, uma guerra que criou uma catástrofe humanitária e estratégica", disse ele em seu primeiro discurso de política externa.
Entretanto, os houthis do Iêmen seguem criticando a presença de forças dos EUA na região e denunciando a construção de novas bases militares para patrulhar o mar Vermelho. O governo norte-americano argumenta que as estruturas do Exército fazem parte da guerra ao terrorismo.
Abdul Malik Al-Houthi, líder dos houthis, declarou em maio deste ano que os "inimigos" do Iêmen tentam dividir o país. "Não podemos aceitar sermos controlados por decisões norte-americanas", afirmou.
A guerra que assola a região começou em março de 2015, quando o presidente iemenita Abdrabbuh Mansour Hadi fugiu para Riad, na Arábia Saudita, depois de ser expulso do país pelo movimento houthi.
Os grupos xiitas zaidis vêm do empobrecido norte do país, e suas objeções às reformas neoliberais de Hadi, incluindo a redução dos subsídios aos combustíveis e um esquema de federalização, tornaram-se pontos de encontro para um movimento de massa dos pobres do Iêmen.
A coalizão - Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Sudão e Estados Unidos, além de várias outras nações - liderada pela Arábia Saudita acabou lançando uma campanha militar para devolver Hadi ao poder. No entanto, em 2022, todos, exceto Riad e Abu Dhabi, saíram da guerra.