"Não deveríamos ter concordado com as sanções da União Europeia [UE] ou com o envio de armas da OTAN através da Áustria", disse Strache à Sputnik.
O ex-vice-chanceler citou o atual governo da Áustria insistindo que qualquer veículo militar da OTAN que passe pelo território do país vá para o flanco leste da aliança, não para a zona de combate na Ucrânia.
Se, no entanto, for confirmado que as armas da Aliança Atlântica que passaram pela Áustria, cuja posição é neutra, acabaram indo para a Ucrânia, "seria uma flagrante violação da Constituição austríaca e da neutralidade", disse Strache.
Desde que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia no dia 24 de fevereiro, os países ocidentais têm fornecido a Kiev ajuda humanitária, militar e financeira. Moscou denunciou o fluxo de armas para a Ucrânia de seus aliados ocidentais, dizendo que a postura só "acrescenta lenha à fogueira", alimentando e prolongando o conflito.
Moscou alertou repetidamente o Ocidente contra um maior envolvimento no conflito, enquanto a UE, os Estados Unidos e a OTAN sustentaram que não fazem parte das hostilidades, apesar de treinar soldados ucranianos, enviar seus instrutores e equipamentos para a Ucrânia e fornecer inteligência para o regime de Kiev.