"Esperamos que China, Índia e Turquia, como grandes compradores de petróleo russo, negociem preços muito bons para si mesmos e os preços fiquem abaixo do preço máximo [estipulado pelo Ocidente]. O que estaria em conformidade mesmo se os países não aderirem formalmente à coalizão pelo teto de preços", disse O'Brien durante uma coletiva de imprensa.
O teto de preços de US$ 60 (cerca de R$ 318) por barril da União Europeia (UE) para o petróleo russo entrou em vigor no dia 5 de dezembro, juntamente com a proibição das exportações marítimas. O teto vai ser revisado a cada dois meses para permanecer em 5% abaixo do valor de referência da Agência Internacional de Energia (AIE). As nações do G7 (composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e a Austrália também limitaram as exportações de petróleo da Rússia a US$ 60 por barril.
O vice-primeiro-ministro russo, Aleksandr Novak, comentando a decisão, disse que a Rússia não aceitaria o teto de preços, mesmo que a medida a obrigasse a cortar a produção de petróleo. Segundo Novak, tais restrições estão interferindo nas forças de mercado.
Os países ocidentais têm procurado maneiras de limitar a receita da Rússia com as exportações de petróleo e gás desde que o país lançou uma operação militar especial na Ucrânia no dia 24 de fevereiro.