Nesta terça-feira (20), o chefe de política externa da EU, Josep Borrell, disse ao ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, que Teerã deveria interromper imediatamente o apoio à Rússia e sua repressão aos manifestantes em casa, refletindo as tensões diplomáticas com os esforços para reviver um acordo nuclear paralisado.
De acordo com a Reuters, Borrell disse que um encontro entre países do bloco europeu e o país persa era necessário "em meio à deterioração das relações Irã-UE".
Amir Abdollahian reuniu-se com o chefe do departamento de política externa da UE. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, na Jordânia.
Embora neste momento não haja sinal de retorno às negociações, Borrell disse que o bloco continuará a trabalhar com o Irã para restaurar seu acordo nuclear com as potências mundiais.
"Concordamos que devemos manter a comunicação aberta e restaurar o acordo nuclear com base nas negociações de Viena", disse Borrell referindo-se às negociações que estão paralisadas desde setembro.
Amirabdollahian disse que as potências ocidentais devem adotar uma abordagem "construtiva" para reviver o pacto, acrescentando que ele disse à autoridade europeia que as partes do acordo deveriam tomar a "decisão política necessária" para salvar o pacto.
Sobre o conflito Rússia e Ucrânia, a chancelaria iraniana "anunciou a prontidão de seu país para se envolver diretamente com Kiev e para aliviar qualquer mal-entendido sobre a posição de Teerã no conflito".
O Irã reconheceu o fornecimento de drones a Moscou, mas disse que eles foram enviados antes da operação, onde a Rússia os usou para atingir usinas elétricas e infraestrutura civil.
Amirabdollahian também condenou o apoio ocidental à onda de protestos no Irã e às sanções "ilegais" contra seu país. Ele disse que o Irã está pronto para finalizar as negociações nucleares de Viena com base em um esboço de acordo anterior.