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Casa Branca: após reunião, EUA e França lançam plano para tentar conter Rússia, Irã e China

© AFP 2023 / Lukas Barth Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, durante a cúpula do G7 no Palácio Elmau, no sul da Alemanha, em 27 de junho de 2022
Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, durante a cúpula do G7 no Palácio Elmau, no sul da Alemanha, em 27 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.12.2022
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EUA e França, após reunião em Washington nesta quinta-feira (1º), apresentaram uma declaração conjunta sobre uma série de temas, incluindo Irã, Rússia, China e cooperação tecnológica.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, tiveram um encontro nesta quinta-feira (1º) em Washington.
Após a reunião, eles emitiram uma declaração conjunta enfatizando o comprometimento dos dois países em lidar com os efeitos do conflito na Ucrânia e abordando outros assuntos.
Macron e Biden disseram que buscam meios para criar uma "resiliência" diante da crise na cadeia de abastecimento global, que acelerou o aumento progressivo nos preços dos alimentos e da energia.
"Os Estados Unidos e a França continuam comprometidos em lidar com os efeitos mais amplos da guerra na Rússia, incluindo trabalhar com a comunidade internacional para aumentar a resiliência às interrupções de alimentos e energia", afirmou o comunicado conjunto.
Embora desde 2021 os preços da energia na Europa venham subindo como parte de uma tendência global, a situação se deteriorou após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em fevereiro deste ano, quando a União Europeia adotou vários pacotes de sanções contra Moscou.
As penalizações visavam restringir as importações de gás russo, o que acabou por afetar os mercados globais de energia e provocar uma disparada nos preços. O aumento da inflação e a crise no custo de vida forçaram os governos europeus a recorrerem a medidas de contingência.
Os preços recordes da energia e a mudança para a compra de gás natural liquefeito (GNL) dos EUA — que é mais caro que o fornecido pela Rússia — também deram um grande golpe na indústria europeia.
Além da questão energética, Washington e Paris se coordenarão com aliados na assistência à Ucrânia, fortalecendo o apoio orçamentário e militar a Kiev e instando instituições financeiras internacionais a aumentarem o envio de recursos.
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Durante a reunião na Casa Branca, os dois países prometeram intensificar a cooperação de defesa, sobretudo em capacidades avançadas e tecnologias vitais para a dissuasão no futuro.
"As conversas de hoje [1º] nos ajudaram a confirmar uma série de iniciativas que pretendemos implementar nos próximos dias e semanas, incluindo intensificar a assistência aos militares ucranianos para que eles possam sobreviver", disse Macron em entrevista coletiva.
Os presidentes prometeram "trabalhar incansavelmente por uma Europa inteira, livre e em paz", enquanto a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) buscará "uma abordagem mais robusta, integrada e coerente para construir resiliência nacional e coletiva contra ameaças militares e não militares à nossa segurança".

"Os Estados Unidos e a França promoverão o comércio bilateral e os investimentos que apoiam a resiliência da cadeia de suprimentos e das indústrias inovadoras, como aeroespacial, de tecnologia da informação e de finanças", diz a declaração conjunta.

Política da Europa segue a dos EUA

Para o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, a Europa está correndo atrás dos EUA ao apoiar a russofobia dos norte-americanos e usar a Ucrânia como instrumento na guerra contra a Rússia.
Em referência à visita aos EUA de Emmanuel Macron, Lavrov disse que a Rússia esperava um contato de Macron com Putin (tal como Macron tinha anunciado que faria), mas que este optou por visitar os EUA primeiro. Segundo o chanceler russo, isso significa que Macron não falará com Biden só sobre a competitividade da Europa, mas também sobre as questões ucranianas.
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EUA e França acertam fortalecimento no Pacífico e Oriente Médio

Além de enfrentarem os "problemas de segurança na Europa", os países pretendem fortalecer empreendimentos de segurança marítima no Pacífico, com Washington intensificando o apoio a implantações de bases e condução de operações aéreas e marítimas pela União Europeia na região.

"Os Estados Unidos e a França pretendem expandir seu envolvimento regional diplomático, de desenvolvimento e econômico com vistas a construir resiliência nas ilhas do Pacífico", afirma a declaração.

Os países "continuarão a coordenar suas preocupações em relação ao desafio da China à ordem internacional baseada em regras, incluindo o respeito pelos direitos humanos".
Outra questão abordada no encontro foi a nuclearização do Irã. Além de concordarem em impulsionar uma estrutura internacional para combater mísseis e drones iranianos, "[Estados Unidos e França] continuam determinados a garantir que o Irã nunca possa desenvolver ou adquirir uma arma nuclear".
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