A pasta anunciou que está suspendendo formalmente o crédito à exportação e as garantias de investimento para negócios no Irã após a repressão das autoridades aos protestos.
O órgão disse também que suspendeu outros "formatos econômicos", incluindo um diálogo sobre questões energéticas, tendo em vista "a gravíssima situação do Irã", relata a AP News.
O ministério explicou que o uso desses instrumentos para projetos em território iraniano foi suspenso por décadas até que houve uma "curta fase de abertura" a partir de 2016 como resultado do acordo nuclear do Irã com potências mundiais, incluindo a Alemanha.
Entretanto, agora, o governo alemão decidiu "suspender completamente" as garantias, acrescentando que as isenções só podem ser concedidas se houver razões humanitárias sólidas.
Em 2021, comércio germano-iraniano totalizou € 1,76 bilhão (R$ 9,66 bilhões) e € 1,49 bilhão (R$ 8,17 bilhões) nos primeiros nove meses deste ano.
Desde o início dos protestos, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções adicionais ao Irã por seu tratamento aos manifestantes.
Berlim pressionou por uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU no mês passado, que votou pela condenação da repressão e pela criação de uma missão independente de apuração de fatos. O Brasil se absteve da votação para criação da missão, conforme noticiado.