Panorama internacional

Turquia acusa França de apoiar PKK enquanto curdos 'estão queimando as ruas de Paris'

No sábado (24), dezenas de ativistas curdos entraram em confronto com a polícia em Paris enquanto protestavam contra a morte de três curdos em um tiroteio no coração da capital francesa.
Sputnik
O porta-voz do presidente turco, Ibrahim Kalin, acusou a França de apoiar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) na Síria, uma organização ilegal na Turquia e que, segundo ele, está incendiando as ruas parisienses.
"Este é o PKK na França. A mesma organização terrorista que vocês apoiam na Síria", tuitou Kalin, se dirigindo às autoridades francesas.
Ele se referiu ao PKK como "a mesma organização que matou milhares de turcos, curdos e forças de segurança nos últimos 40 anos".
Este é o PKK na França. A mesma organização terrorista que vocês apoiam na Síria. O mesmo PKK que matou milhares de turcos, curdos e forças de segurança nos últimos 40 anos. Agora eles estão queimando as ruas de Paris. Vocês ainda vão ficar calados?
Um clipe de 19 segundos anexado ao tweet mostra um carro destruído em chamas e um grupo do que parecem ser manifestantes curdos em confronto com as forças policiais na capital francesa.
As declarações de Kalin foram feitas depois que o chefe da polícia de Paris, Laurent Nunez, disse a repórteres no sábado que pelo menos 11 ativistas curdos foram detidos durante protestos organizados por curdos no centro da capital francesa. A agitação foi provocada por um tiroteio perto do centro cultural curdo de Paris na sexta-feira (23).
Em paralelo, a promotoria de Paris disse que o atirador, que abriu fogo perto do centro curdo na capital francesa, matando três ativistas curdos e ferindo outros três na sexta-feira, foi transferido para uma enfermaria psiquiátrica.
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O homem de 69 anos, supostamente um francês com histórico de duas tentativas de assassinato em 2016 e 2021, disse anteriormente à polícia que atacou a comunidade curda por ódio racial. A promotoria disse que está investigando o ataque como assassinato deliberado.
O governo turco combate o PKK, que busca criar uma região autônoma curda na Turquia, desde o início dos anos 1980. O PKK e Ancara assinaram um acordo de cessar-fogo em 2013, mas ele entrou em colapso apenas dois anos depois devido a vários ataques terroristas, que a Turquia atribuiu aos curdos. Desde 2016, as Forças Armadas turcas realizam operações aéreas e terrestres contra militantes supostamente alinhados ao PKK na Síria e no Iraque.
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