De acordo com a publicação, o fato de a Rússia dizer estar pronta para cortar a produção de petróleo tem provocado preocupações, já que mesmo uma pequena diminuição da produção poderia aumentar a tensão em um mercado já muito instável.
Nas últimas semanas, os preços do petróleo atingiram seus níveis mais baixos do ano, mas nos últimos dias os valores "dispararam" em meio a temores de um declínio na oferta mundial, e por causa do aumento da demanda na China, que está suavizando a sua política de combate à COVID-19.
Além disso, outro fator que tem contribuído para o aumento dos preços é a queda relatada nas reservas de petróleo nos EUA e informações sobre o começo de compras para restabelecer as reservas.
Na semana passada, o vice-primeiro-ministro russo Aleksandr Novak afirmou que Moscou está pronta para reduzir a produção de petróleo como medida de resposta ao limite de preços introduzido pelos países ocidentais. De acordo com ele, a produção pode ser reduzida em cerca de 7% no início de 2023.
Novak acrescentou que, em retaliação, a Rússia planeja proibir o fornecimento de petróleo e produtos petrolíferos a países e entidades jurídicas que exigem o cumprimento do limite de preços nos contratos.
O teto de preços de US$ 60 por barril imposto ao petróleo russo pela União Europeia (UE) entrou em vigor em 5 de dezembro, juntamente com a proibição das importações deste combustível da Rússia por via marítima.