Moscou nomeou a China, Turquia, países do Sudeste Asiático, Estados-membros da União Econômica Eurasiática e países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) como direções prioritárias para diversificar o fornecimento de metal. De acordo com Manturov, os fluxos comerciais também se concentrarão nos mercados da América Latina, África e Oriente Médio.
Durante o seu discurso em uma reunião com o primeiro-ministro russo Mikhail Mishustin, Manturov observou que "nossas empresas, com a participação de missões empresariais, já estão reorientando as exportações", acrescentando que o Estado fornecerá medidas de apoio à logística.
A Rússia é uma das maiores produtoras e exportadoras de metais. De acordo com o Instituto Politécnico de Paris, no ano passado o país detinha uma participação de mercado de 13% na produção de titânio, 11,2% para o níquel, 10,5% para platina, 5,4% para alumínio, 4% para cobre e 4,4% para cobalto. É a maior produtora mundial de paládio, um metal raro usado na fabricação de automóveis.
Rússia não é apenas uma grande produtora de alumínio primário, mas também está incorporada nas cadeias de suprimentos globais necessárias para fabricar o metal. Embora os metais russos e as empresas que os produzem não tenham sido alvo direto das sanções ocidentais, muitos compradores cessaram as suas importações.
Por outro lado, a China aumentou suas compras primárias de alumínio com suprimentos atingindo um recorde de 56 mil toneladas em novembro de 2022, segundo a agência Reuters.