Os EUA estão preocupados com o alinhamento da China com a Rússia em meio à sua operação militar especial na Ucrânia e às atividades de Pequim, disse na sexta-feira (30) um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
Segundo o funcionário, Washington está de olho na China para ver se o país presta alguma assistência militar à Rússia ou descumpre as sanções impostas a Moscou.
"[Nós] estamos preocupados com o alinhamento da RPC [República Popular da China] com a Rússia [...] Os Estados Unidos e a Europa advertiram a RPC sobre as consequências de fornecer à Rússia assistência militar para sua guerra contra a Ucrânia ou assistência sistemática para evadir as sanções. Estamos acompanhando de perto a atividade de Pequim", disse o porta-voz em uma declaração.
No início da sexta-feira (30) Vladimir Putin e Xi Jinping, presidentes da Rússia e da China, respectivamente, discutiram relações bilaterais e questões regionais através de um canal fechado e seguro. Durante a videochamada, Putin convidou Xi para visitar Moscou em 2023.
Além disso, Putin disse que a coordenação entre Moscou e Pequim na arena internacional, inclusive no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, a Organização de Cooperação de Xangai (OCX), o BRICS e o G20 serve para criar uma ordem mundial justa baseada no direito internacional. Ele adicionou que Moscou e Pequim compartilham a mesma visão das causas e lógica da transformação geopolítica global em curso.